2ª Semana Arte e Sociedade – Eventos Abertos

Diálogos interdisciplinares

A 2ª Semana Arte e Sociedade abre o semestre letivo do Célia Helena com diálogos interdisciplinares. Trazemos encontros sobre tópicos da cultura brasileira em conversas com parcerias internacionais que vêm conosco pensar o panorama da composição artística atual. Falaremos de assuntos que vão do espaço aberto (open space, natureza e cidade) até a reflexão sobre a arte cênica nascida na pura dramaturgia textual (Shakespeare), vislumbrando também nossas raízes (Dança afro) e a consolidação de novas vertentes na cena contemporânea (o Slam). Assim, iluminamos um discurso plural que escuta, olha e sente o aroma e o toque de um tempo presente e diverso, multifacetário, complexo, enxergando um futuro melhor por meio da arte e da diversidade cultural.

Eventos abertos ao público

A presença indígena no contexto atual
12 de agosto de 2020, às 19h30 (evento aberto ao público)
Convidados: Marlui Miranda e Olívio Jekupé
Mediação: Elisa Ohtake

Diretamente da aldeia Krukutu, em Parelheiros (zona Sul de São Paulo – SP), Marlui Miranda, compositora e pesquisadora das tradições musicais indígenas, e Olívio Jekupé, poeta indígena e pesquisador, falam sobre artes, vitalidades, políticas e a respeito da situação de risco dos povos indígenas – que permanecem em constante movimento de superação, imersos em um cenário avassalador de violência e opressão apocalípticas no Brasil de hoje.

Marlui Miranda é cantora, compositora e importante pesquisadora do canto, dança, tradição e dos rituais indígenas do Brasil. Como intérprete, gravou, realizou e apresentou-se em turnês com diversos músicos e orquestras, tais como: Nana Vasconcellos, Rodolfo Stroeter, Orquestra Jazz Sinfônica, Egberto Gismonti, Milton Nascimento, Gilberto Gil, entre outros. Desenvolveu trilhas para filmes e séries. Compôs com Lelo Nazário a trilha do filme Hans Staden, de Luís Alberto Pereira, premiado pela Academia Alemã de Crítica (Preises der Schallplattenkritik) em 1999. Ganhou o Prêmio Chico Mendes de Meio Ambiente no ano de 2005 e a medalha do Mérito Cultural do MINC (Ministério da Cultura), em 2012, por seu extenso trabalho na defesa da música dos povos indígenas. Participou da composição para música incidental do filme Brincando nos campos do senhorde Hector Babenco. Criou Fala de bicho, Fala de gente, adaptações da música do povo Juruna Yudja, lançado pelo Selo SESC em agosto de 2014.

Olívio Jekupé mora na aldeia Krukutu, em Parelheiros (zona sul de São Paulo – SP). É escritor de literatura nativa e poeta. Estudou filosofia na Universidade de São Paulo (USP) e já publicou 19 livros, sendo que dois deles (Ajuda do Saci e A mulher que virou Urutau) foram publicados em edições bilíngues. É casado e pai de quatro filhos (três deles são escritores). É também pai do rapper Kunumi MC. Membro do Núcleo dos Escritores e Artistas Indígenas (Nearin), foi um dos fundadores da Associação Guarani Nhe’en Porã.

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A voz indígena no universo musical
13 de agosto de 2020, às 19h30 (evento aberto ao público)
Convidado: Kunumi MC
Mediação
Gustavo Velutini

O rapper Kununi MC conta e canta a luta da juventude indígena a partir de suas experiências pessoais no cruzamento das estéticas pop com as vitalidades do povo Guarani.

Kunumi MC é escritor, compositor e rapper. Guarani, ele mora na aldeia Krukutu (em Parelheiros, zona sul de São Paulo – SP), tem dois livros publicados, dois CDs gravados e participou de dois curtas-metragens na Europa. Gravou com o cantor Crioulo a canção Terra e marKunumi MC está com 19 anos.

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O Slam na cena contemporânea
6 de agosto de 2020, às 19h30
 (evento via webinar)

Desenvolvido pelo Célia Helena em parceria com o Música-encontro

Um encontro on-line com a atriz-MC Roberta Estrela D’Alva e com o poeta Daniel Minchoni para conversar sobre a trajetória dos slams de poesia no Brasil, com mediação de Luaa Gabanini, abordando como seus aspectos performáticos e caráter político-poético dialogam com o momento histórico atual.

Roberta Estrela D’Alva é atriz-MC, diretora, pesquisadora, diretora musical e slammer. Membro fundadora do Núcleo Bartolomeu de Depoimentos, Teatro Hip-Hop e do coletivo transdisciplinar Frente 3 de Fevereiro. É idealizadora e slammaster do ZAP!, primeiro poetry slam brasileiro (campeonato de poesia), e curadora do Rio Poetry Slam-FLUP, pioneiro poetry slam internacional da América Latina. Em novembro de 2014, publicou seu primeiro livro: Teatro Hip-Hop – a performance poética do ator-MC. Com Tatiana Lohmann, dirigiu o documentário SLAM – Voz de levante. Ao lado do escritor Marcelino Freire, Roberta é curadora da nova sala Falares do Museu da Língua Portuguesa. Recebeu o prêmio Shell de melhor atriz em 2012 por sua atuação no espetáculo Orfeu mestiço, uma hip-hópera brasileira, e o de melhor música em 2020 pelo espetáculo Terror e miséria no terceiro milênio – improvisando utopias, juntamente com Dani Nega e Eugênio Lima.

Daniel Minchoni é artista da fala. Fundou o Poesia Esporte Clube; Jovens escribas (RN); Sarau do burro, burruído, selo do burro, nolombo e nolombinho; Cabaret revoltaire; Menor slam do mundo; Slam do corpo; e Phala’cia, núcleo permanente de pesquisa em performance e fala poética (SP). Seus livros são: Escolha o título (2006); Iapois poisia; Ouvivendo e carnevais (2013); Nos be gods de olavo (2014); Ex-porro; Poema sugo (2014); e Rosário de boatos ou trancelim de outros. 

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Ron Daniels, sobre Lear, sobre Shakespeare
7 de agosto de 2020, às 19h30
  (evento via webinar)

Convidado: Ron Daniels
Mediação: Marco Antonio Rodrigues

Ron Daniels é um ator e diretor brasileiro reconhecido internacionalmente. Em 1977, foi nomeado diretor artístico do teatro The Other Place, da Royal Shakespeare Company, e, depois de 15 anos dirigindo inúmeras peças como Hamlet, Sonhos de uma noite de verão e Henrique V, conquistou o cargo de diretor associado honorário da companhia. Ron também trabalhou como diretor artístico associado do American Repertory Theatre em Cambridge, Massachusetts (EUA), e como chefe do Institute for Advanced Theatre Training da Universidade de Harvard (EUA), onde deu aula de atuação e direção. No campo do teatro musical o seu trabalho é extenso e muito renomado. Ele já dirigiu peças apresentadas em teatros como Houston Grand Opera, Opera Pacific, Michigan Opera Theatre, Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Opera Theatre of Saint Louis, entre muitos outros. No Brasil, teve um papel muito importante: foi um dos fundadores do Teatro Oficina e já dirigiu Raul Cortez em Rei Lear, além de peças como Hamlet, Macbeth e Medida por Medida.

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