1968 – 2018: 50 anos de luta
PROGRAMAÇÃO:
12 de novembro, 19h
ONTEM E HOJE, com o filósofo, teórico crítico e interlocutor ativo de diversos grupos de teatro do país, Paulo Arantes
Com toda sua experiência e bagagem em História da Filosofia e Filosofia Política, o teórico crítico Paulo Arantes propõe o debate sobre o ano histórico de 1968 e seus impactos ainda hoje, 50 anos depois.
14 de novembro, 12h
1968-2018: O QUE HÁ DE NOVO NAS VELHAS IDEIAS, com a professora de Sociologia, com mestrado e doutorado pela Universidade de São Paulo, Silvia Viana
Encontro que buscará identificar, a partir de pesquisas realizadas nas manifestações que ocorreram no país entre 2014 e 2016, o que há de novo, ou em comum, entre o ressurgimento de ideias autoritárias e a história brasileira na segunda metade do século XX.
Sobre o evento:
Em novembro, nos dias 12 e 14, o Célia Helena dá continuidade às intervenções cotidianas – músicas e sessões de filmes com intermediação dos professores – com o Seminário 68, para repensar e refletir sobre uma história não vivida pelos jovens de hoje – mas que foram fontes de resistência contra o regime ditatorial que se instaurou no Brasil em 1964. Meio século se passou, mas o ano de 1968 ainda é um marco na luta pelos direitos civis e suas ideias semearam debates presentes e necessários até hoje.
Para aquecer o debate, na semana de 15 a 19 de outubro, o Célia Helena exibiu vídeos de Breno Altmann, jornalista e fundador do Opera Mundi, que propõe diálogos e reflexões sobre 1968: um abordando o tema da insurreição francesa e o outro a situação sócio-política do Brasil no mesmo ano. Além disso, uma seleção de músicas que refletem o contexto histórico da época embalarão os intervalos das aulas.
Na França, universitários iniciam, a partir de reivindicações estudantis, o que viria a se tornar uma greve geral que abalou as estruturas sociais da época, com grande repercussão internacional, transformando o mês de maio em um período de profundas mudanças não apenas no território francês, mas no mundo como um todo. As pautas progressistas propunham a liberdade sexual, igualdade racial e de gênero, ecologia e democracia nos meios de comunicação.
No Brasil, o país se via envolto no endurecimento da ditadura militar, que seguia para seus anos mais truculentos. As artes – principalmente a música, teatro e cinema – foram fonte de resistência contra o regime que se instaurara quatro anos antes.
“A ideia é não apenas discutir o impacto dos acontecimentos, mas também abordar como os fatos impactaram o comportamento de gerações inteiras na relação com a liberdade de expressão, hierarquias, relações interpessoais e amplitude do movimento” diz Daves Otani, coordenador da Escola Superior de Artes Célia Helena.
Aumente o som para curtir as canções e se preparar para os encontros: